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23/10/2013

Aumenta participação do Norte e Nordeste no PIB do País.

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O Norte e o Nordeste, consideradas as regiões mais pobres do Brasil, aumentaram a contribuição no PIB, no período de 2002 á 2010. Juntas respondem por 19% da soma de todos os bens e serviços do país.

Segundo a pesquisa divulgada pelo IBGE, a contribuição do Norte subiu em 0,6 ponto percentual, saltando de 4,7% para 5,3%. Enquanto a região Nordeste aumentou a sua participação em 0,5%, passando de 13% para 13,5%. Ainda segundo a pesquisa a região centro-oeste subiu também em 0,5%, ficando com 9,3% da participação em 2010. Nesta mesma pesquisa, ainda foi revelado que a participação do PIB do sul caiu de 16,9% para 16,5% e o Sudeste caiu em 1,3 ponto percentual, passando de 56,7% para 55,4%. “Acredito que mudar os cinco primeiros estados no ranking do PIB é muito difícil, porque a diferença para os colocados seguintes é muito grande”, disse o gerente de Contas Nacionais do IBGE, Frederico Cunha, sobre a estrutura do PIB nacional em 2010.

Segundo a avaliação de Frederico Cunha, programas de transferência de renda e de incentivo à desconcentração industrial favoreceram a economia nas regiões Norte e Nordeste, entre os anos de 2002 e 2010. “O Brasil é bastante concentrado, mas a gente percebe desconcentração nos últimos anos”, afirmou Cunha. “Quando há algum tipo de proteção social – não só transferência de renda, mas aposentadoria rural garantia de compra para agricultura familiar, incentivo fiscal, isso acaba aumentando a massa salarial e alavancando uma economia que só era puxada pelo consumo”.

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, o estado com maior participação percentual no PIB continua sendo São Paulo (33,1%), seguido por Rio de Janeiro (10,8%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,7%), Paraná (5,8%), Bahia (4,1%), Santa Catarina (4%) e Distrito Federal (4%).

As unidades da federação com menor expressividade na economia nacional se concentram no Norte e Nordeste. São elas: Rio Grande do Norte (0,9%), Paraíba (0,8%), Alagoas (0,7%), Sergipe (0,6%), Rondônia (0,6%), Piauí (0,6%), Tocantins (0,5%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e, por fim, Roraima (0,2%).

Segundo a pesquisa, os avanços regionais no Norte e Nordeste foram influenciados pela exportação de minérios no Pará, cujos preços internacionais saltaram em 2010; pela indústria de transformação, no Amazonas; pela agropecuária, no Maranhão e pelo impacto das políticas públicas nas regiões.

Cunha chamou atenção para o Maranhão, estado com menor renda por pessoa. O estado registra PIB per capita de R$ 6,8 mil. O pesquisador explica que o tamanho da população puxou o resultado para baixo. Já o Distrito Federal concentra a maior renda per capita do país R$ 58,4 mil.

“Se o PIB per capita é o PIB divido pela população, logo, no estado com uma população grande, a 10ª maior do país, o índice tende ser menor, apesar de o Maranhão ter tido um crescimento favorável na economia. Já no DF, o movimento é contrário, tem população pequena, mas concentra alta renda, reflexo da administração pública.” Disse o gerente de Contas Nacionais do IBGE.

 

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