Ranking ABAD, o mais completo retrato do segmento atacadista distribuidor brasileiro
O Ranking ABAD/Nielsen é realizado anualmente desde 1994, com o objetivo de fornecer uma radiografia do segmento atacadista distribuidor, a partir de respostas elaboradas pelas próprias empresas. Ele é resultado de uma parceria da entidade com a consultoria Nielsen e a FIA (Fundação Instituto de Administração). Os dados obtidos permitem visualizar a evolução do segmento e dos negócios realizados pelas empresas no período, bem como suas relações com a economia como um todo.
Segundo a consultoria Nielsen, 95% dos supermercados pequenos (de um a quatro checkouts) e 40% dos supermercados médios (de cinco a 19 checkouts) são abastecidos por empresas atacadistas distribuidoras. O pequeno e o médio varejo são os que mais atendem os consumidores das classes C, D e E, cujo grande crescimento do poder de compra está mudando o perfil do consumo no país.
Setor atacadista distribuidor cresce 0,9% em 2014 e fatura R$ 211,8 bi
Resultado do segmento, que responde por 51,7% de tudo que é movimentado no mercado mercearil nacional, cresceu acima do PIB; pesquisa indica, ainda, otimismo dos empresários e perspectivas de crescimento e investimento.
A ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) divulgou os resultados do Ranking ABAD/Nielsen 2015 – ano base 2014, pesquisa realizada anualmente pela entidade que oferece ao mercado o mais abrangente panorama do segmento atacadista distribuidor nacional, com dados relevantes para todas as empresas que compõem a cadeia de abastecimento no país.
De acordo com os resultados da pesquisa do Ranking, em 2014 o segmento atacadista distribuidor cresceu 0,9% em termos reais (0,8 ponto percentual a mais do que o PIB nacional, de 0,1%) e 7,3% em termos nominais, atingindo faturamento de R$ 211,8 bilhões.
Com isso, os agentes de distribuição respondem por uma fatia de 51,7% do mercado mercearil nacional, que foi de R$ 409,5 bilhões no ano passado. É o décimo ano consecutivo em que a participação do segmento nesse mercado permanece superior a 50%. O mercado mercearil compreende produtos de uso comum das famílias, como alimentos, bebidas, limpeza, higiene e cuidados pessoais.
Os números são apurados a partir de dados fornecidos voluntariamente por empresas do setor associadas à ABAD e analisados pela consultoria Nielsen, em parceria com a FIA (Fundação Instituto de Administração).
A amostra pesquisada pelo Ranking corresponde a 42% do faturamento do setor em todo o Brasil e é um indicador do consumo realizado no pequeno varejo mercearil independente (não pertencente às grandes redes) e nos pequenos e médios supermercados (de 4 a 19 checkouts), abastecidos pelo setor atacadista e distribuidor.
Em número de respondentes, o destaque é a participação do Nordeste, com 204 empresas. Já em termos de faturamento, verificamos que o Sudeste corresponde a 44% do setor, seguido em importância pelo Nordeste (28%), pelo Sul (13%), pelo Centro-Oeste (8%) e pelo Norte do país (7%).
Os números confirmam a importância da região Sudeste, que concentra a maior parte do PIB nacional; mas também demonstra a crescente participação da região Nordeste no mercado mercearil, reforçando a percepção do crescimento do setor nas cidades médias, onde se localizam as redes de atacados de alcance regional, que vêm crescendo em ritmo acelerado, acima das grandes redes nacionais.
O Ranking traz ainda outras informações sobre as tendências e intenções de investimento do setor, entre elas a manutenção e até mesmo o crescimento das expectativas de melhoria em faturamento em todos os modelos de negócios dos agentes de distribuição.
Esse otimismo se acentua nas empresas sediadas nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e está alinhado com os dados do Ranking que apontam a manutenção do crescimento nas vendas dos pequenos e médios mercados que atuam nos bairros das grandes cidades e nas cidades médias no interior do país, em especial nessas duas regiões.
CANAL INDIRETO
O segmento atacadista e distribuidor compõe o chamado Canal Indireto da indústria, isto é, o canal por onde são comercializados os produtos que abastecem os estabelecimentos que não têm volume para comprar diretamente da indústria fornecedora.
Esse varejo é representado, principalmente, pelos pequenos e médios supermercados e por lojas tradicionais como empórios e mercearias, presentes nos bairros das cidades médias e grandes, atendendo todas as classes socioeconômicas, mas também nas pequenas localidades do interior, onde atende principalmente as classes CDE.
O Canal Indireto atende 95% do varejo alimentar independente e dos pequenos mercados (até 4 checkouts). Também atende 40% dos mercados médios (5 a 19 checkouts), 85% dos bares e 45% do mercado de farma-cosméticos.
Os números fornecidos pelos respondentes do Ranking mostram que o varejo independente e os supermercados pequenos e médios são os clientes mais importantes em praticamente todos os modelos de negócio do setor, respondendo por 58,5% do faturamento dos Distribuidores, 44% dos Atacados com Entrega e 47,2% dos Atacados de Balcão.
Mesmo no modelo Autosserviço, onde o consumidor final e transformadores (dogueiros, produtores de sagados, food-trucks) respondem pela maior fatia (41%), os supermercados pequenos e médios e o varejo independente tradicional correspondem a um percentual significativo: 30,4%. Ainda no Autosserviço, a presença bares, lanchonetes, padarias e restaurantes também e relevante, respondendo por 23,1% do faturamento.
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