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25/07/2014
Brasileiros regularizaram menos dívidas
O pagamento de dívidas no primeiro semestre de 2014 foi 2% menor que no mesmo período do ano passado, segundo a base de dados de recuperação de crédito da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em junho ante maio, o número de exclusões de registros de inadimplência foi 1,8% menor, feitos os ajustes sazonais, e, na comparação com junho de 2013, a queda foi de 6,5%.
No acumulado em 12 meses, o número de pessoas que limparam seu nome aumentou em 0,4% na comparação com o mesmo período encerrado em junho do ano passado, consolidando uma trajetória de desaceleração que ocorre desde o final de 2012. Nos 12 meses encerrados em maio, a alta era de 1%.
“Desde o ano passado, o indicador de recuperação de crédito segue em tendência de desaceleração”, informou a Boa Vista em relatório. “Seu atual ritmo de crescimento é condizente com a conjuntura econômica: o desaquecimento do mercado de trabalho, a queda recente da taxa de inadimplência, a menor concessão de crédito, entre outros fatores. Assim, todos os fatores mantidos constantes, para este ano a expectativa é de que esta desaceleração continue, mantendo o indicador estável com relação a 2013.”
Dados do Indicador Mensal de Recuperação de Crédito do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgados na semana passada, também apontaram para a mesma direção: o número de dívidas excluídas da base da companhia recuou 2,2% em junho, comparado a mesmo mês um ano antes – a quarta queda consecutiva. Em relação a maio deste ano, as regularizações subiram 1,13%.
“Os indicadores refletem as condições menos favoráveis da atividade econômica tanto para o consumo quanto para a quitação de dívidas”, afirmou, em nota, Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Endividados
A parcela de famílias que se declararam endividadas no âmbito da Sondagem do Consumidor, da Fundação Getulio Vargas (FGV), aumentou de 9% para 11,4% de junho do ano passado para junho desse calendário – o mais elevado patamar em dois anos. Segundo a FGV, ao se analisar o resultado por faixas de renda, 20% dos consumidores com menor poder aquisitivo (renda familiar até R$ 2,1 mil mensais) estariam inadimplentes em junho – o maior nível para essa faixa de renda em dois anos.