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Empresários da indústria se mantêm cautelosos

28/10/2014

Empresários da indústria se mantêm cautelosos

Pesquisas de diferentes instituições, feitas sob metodologias diversas e divulgadas nas últimas semanas, mostraram que após um período de baixa a confiança dos consumidores aumentou em setembro. A alta ainda é considerada pontual, um ajuste após vários meses de queda. Esse aumento ainda não contaminou o outro lado do balcão, o dos empresários, cuja maioria dos indicadores de confiança segue negativa.

Segundo a “Sondagem Industrial”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os empresários esperam uma demanda menos positiva para os próximos meses, O indicador saiu de 53,3 pontos em setembro para 52,3 pontos em outubro. Apesar da queda, o índice continua acima da linha divisória dos 50 pontos, o que sinaliza otimismo. Em relação ao número de empregados, foi mantida a perspectiva de queda, com o índice saindo de 47,8 pontos no mês passado para 46,9 pontos neste mês.

Os outros dois indicadores – quantidade exportada e compras de matérias-primas – passaram a ter uma expectativa neutra. Por um lado, a expectativa de quantidade exportada avançou de 48,7 pontos para 50,1 pontos entre setembro e outubro. Pelo outro, a expectativa de compra de matérias-primas piorou ao sair de 51 pontos para 50,1 pontos.

Já a “Sondagem da Indústria de Transformação”, da Fundação Getulio Vargas (FGV), apurou a primeira alta da confiança do setor industrial neste ano. De acordo com O ICI, índice que sintetiza a pesquisa, a confiança subiu 1,8% na prévia deste mês em relação ao resultado final de setembro, feitos os ajustes sazonais.

Se confirmado o resultado, o índice atingiria 82,6 pontos, interrompendo a sequência de quedas iniciada em janeiro. O ICI, contudo, ainda estaria bem longe da média dos últimos 60 meses, de 104,1 pontos.

Desde julho de 2013 o indicador está abaixo de cem. Na comparação com outubro do ano passado, a confiança registra queda, de 15,8%, mas em magnitude menor que em setembro, quando houve recuo de 16,5%.

Inadimplência
O número de empresas inadimplentes cresceu em setembro, mas de forma menos intensa do que em períodos anteriores. Segundo o indicador calculado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a quantidade de pessoas jurídicas com contas em atraso no país aumentou 6,22% na comparação com setembro de 2013. Trata-se da menor alta dos últimos sete meses. Na comparação com agosto, houve queda de 0,51%, primeira variação negativa em dez meses e a queda mais intensa para meses de setembro desde 2010, quando a série histórica da pesquisa foi iniciada.

Fonte: Valor Online

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