NOTÍCIAS

O mercado da beleza impulsiona as vendas no Brasil

19/02/2015

O mercado da beleza impulsiona as vendas no Brasil

Apesar do aumento das taxas de juros e da possibilidade de crise econômica que rodeia o Brasil neste início de 2015, o setor de cosméticos e produtos ligados ao mercado de beleza parecem não se abalar e continuam impulsionando as vendas do varejo no Brasil.

O bom desempenho do mercado da beleza já ganhou até mesmo um nome, “Índice Batom”. Um título concedido em 2001 pelo presidente da marca de cosméticos Estée Lauder, Leonard Lauder.

A identificação deste índice surgiu a partir da constatação da manutenção das vendas durante o período de crise após a queda das torres gêmeas, nos Estados Unidos. Diante de uma situação econômica rodeada por rumores e apreensões, este fenômeno pode se repetir neste momento no Brasil.

Isto se confirma de acordo com indicadores mostrados pela Associação Brasileira de Higiene Pessoal e Perfumaria (Abihpec), que aponta que a venda de cosméticos tem permanecido acima do nível de crescimento da economia nacional ao longo dos últimos anos.

Em 2010, por exemplo, enquanto a economia cresceu 7,5%, o setor de cosméticos faturou sozinho quase 30 bilhões de reais, já em 2014, os ganhos ficaram em torno de R$ 42 bilhões, enquanto o crescimento não alcançou chegou nem a 2%.

Uma das razões para que o setor não pare de crescer é o fato de que com a economia apertada as mulheres não deixam de comprar. O ajuste feito por elas é no tíket médio das suas aquisições. Ao invés de preferirem itens mais caros como bolsas e sapatos, elas acabam optando por produtos com custo médio de R$ 25,00, comprando itens como batons e alguns outros tipos de cosméticos.

De acordo com alguns especialistas, o Brasil ainda não vive uma crise efetiva,  mas o aumento de impostos, do preço de combustível e taxas como as de luz e água em alguns estados, podem comprometer boa parte do orçamento familiar e influenciar diretamente na aquisição destes produtos.

Apesar de todos  estes rumores, os varejistas que comercializam produtos de beleza não têm com o que se preocupar, pois embora as compras de maior tíket médio diminuam, isto não significa que não permanecerão em crescimento. Redução do volume não significa que haverá queda no desempenho.

Deve-se manter o otimismo, ainda mais tendo em vista fatos como a compra rotineira de produtos de higiene pessoal como shampoos, hidratantes e perfumes e também o crescente interesse do público masculino, mais uma fatia do mercado a ser alcançada.

Para fugir das possíveis instabilidades econômicas, podem ser necessárias a realização de investimentos em públicos como a classe C, com a venda de produtos de tíket médio menor, mas de saída constante e também o desenvolvimento de soluções e ofertas especiais para os homens.

Como declarou o diretor regional da Natura, durante uma entrevista, “Eles [os homens], estão cada vez mais vaidosos, temos pesquisas que indicam isso e os produtos têm ganhado espaço dentro do mix da empresa”, indicou. Portanto, o desempenho do mercado da beleza ainda promete ser um dos grandes impulsionadores do varejo em 2015.

Share to Facebook Mais...
  • Seja um Associado

    Seja um Associado