NOTÍCIAS

Para FMI, Brasil é um dos emergentes mais vulneráveis

05/08/2014

Para FMI, Brasil é um dos emergentes mais vulneráveis

O Brasil está no grupo dos mercados emergentes mais vulneráveis, devendo ser um dos países mais afetados se prevalecer um quadro adverso na economia global, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em relatório divulgado nesta semana, o FMI estima que o PIB brasileiro pode cair em 2015 mais do que 3,75% em relação ao cenário básico esperado pela instituição, numa hipótese que combina alta mais forte dos juros de longo prazo nos países desenvolvidos, desaceleração mais acentuada nos emergentes e turbulência financeira que eleva as taxas mais longas nos países em desenvolvimento.

O organismo classifica o Brasil como um dos emergentes mais vulneráveis, ao lado de Argentina, Índia, Indonésia, Rússia, África do Sul e Turquia, economias caracterizadas por “inflação mais alta, déficts externos ou fiscais mais elevados e outros desequilíbrios-chave”. Na semana passada, o Fundo reduziu a previsão de expansão do PIB brasileiro de 1,8% para 1,3% para 2014 e de 2,7% para 2% em 2015.

Para enfrentar os riscos, o FMI recomenda aos países emergentes o fortalecimento do arranjo de políticas e dos fundamentos. No caso do Brasil, principalmente, as necessidades de infraestrutura, especialmente em eletricidade e transporte. O FMI também diz que é importante o Brasil melhorar a competição e o clima de negócios.

 

Mantega

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o Brasil não é uma economia vulnerável do ponto de vista das suas contas externas. Ele afirmou que a maioria dos analistas e dos investidores internacionais não compartilha essa visão. Prova disso, segundo ele, seria a valorização de quase 10% do real no primeiro semestre, período em que a Bolsa subiu mais de 20%, em parte, com a entrada de capital estrangeiro.

Para o ministro, os analistas do Fundo responsáveis pelo relatório repetem o mesmo erro cometido no início do ano por aqueles que diziam que o Brasil enfrentaria uma “tempestade perfeita” na economia e estava entre as cinco economias emergentes mais frágeis. Nesse período, segundo o ministro, o Brasil passou pelas turbulências causadas pela mudança na política monetária dos EUA, que retirou parte dos estímulos da sua economia, sem que houvesse uma crise.

Share to Facebook Mais...
  • Seja um Associado

    Seja um Associado