NOTÍCIAS
16/09/2014
PIB do Brasil sofre maior corte
Após a confirmação no fim do mês passado de que o PIB brasileiro teve retração nos dois primeiros trimestres deste ano, a OCDE (organização que reúne grandes economias globais) também reduziu a sua previsão para o crescimento do país neste ano.
A entidade projeta agora expansão de 0,3% no PIB, ante alta de 1,8%, anunciada em maio -foi o maior corte feito pela organização em relação a previsão anterior. Os países ricos (EUA e França, por exemplo) também tiveram piora em seu cenário, mas o mesmo não ocorreu com os emergentes China e Índia.
A previsão para a economia brasileira só não é pior que a para a italiana (estimativa de contração de 0,4%). “O investimento [no Brasil] tem sido particularmente fraco, minado pelas incertezas sobre a direção da política após as eleições e a necessidade de que a política monetária controle a inflação”, afirmou a OCDE.
Se no Brasil pesa mais o cenário interno, as causas para o pessimismo global passam por conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia e pela incerteza sobre o resultado do referendo para a independência da Escócia. Os três casos afetam diretamente o setor energético.
Além disso, o PIB da zona do euro (bloco de 18 países que tem a moeda em comum) ficou estagnado no segundo trimestre e espera mais detalhes sobre os estímulos recentemente anunciados pelo BCE (BC local) para tirar a economia do marasmo.