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08/06/2015

Posicionamento da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) em relação à decisão do Copom de elevar a Selic

As decisões do Banco Central em relação à política de juros, sem qualquer surpresa, continuam a construir, “tijolo por tijolo”, um cenário cada vez mais restritivo.

Como já dissemos anteriormente, menos para conter o consumo – já devidamente restringido pelas altas de preços sazonais nos alimentos e pelas tarifas administradas pelo governo – e mais para sinalizar austeridade para os mercados.

A sinalização tem as suas virtudes quando o tema é visto em um prazo mais longo. Mas, no dia a dia das empresas e dos trabalhadores, o resultado é profundamente negativo.

O primeiro mandato da presidente Dilma contentou-se em continuar a promover o consumo, de variadas maneiras, o que de fato resultou em crescimento do PIB. Contudo, vários economistas fora do governo alertavam, era um crescimento com prazo de validade, a menos que se buscasse combater com seriedade os problemas de sempre.

Estes, que ficaram menos aparentes diante da euforia do recém-conquistado poder aquisitivo, estavam apenas aguardando o momento certo para cobrar a fatura do descaso: baixa produtividade, baixa qualificação da força de trabalho, excesso de burocracia, gargalos de infraestrutura, sistema tributário ruim.

E aqui estamos, pagando a conta, mais uma vez.

Voltamos a insistir para que o governo tome o cuidado necessário e aplique medidas urgentes no sentido de promover os investimentos para que ao menos se vislumbre a possibilidade de ver a economia voltara a crescer – ou pelo, menos, não encolher. De outra forma, assim como aristocratas falidos, ficaremos com um bom nome, mas com os cofres e a despensa vazios.

José do Egito Frota Lopes Filho
Presidente da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados

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