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24/10/2013

Vendas mostram recuperação e crescem 5,2% em julho

O mês de julho demonstrou recuperação nas vendas, com crescimento real de 5,2%, segundo informações do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). A melhora surge após um mês de junho conturbado devido ao fechamento de lojas em meio às manifestações. Além disso, o deslocamento urbano foi afetado, causando um menor fluxo usual de clientes nas operações.

De acordo com o Índice Antecedente de Vendas (IAV)-IDV, em agosto e nos dois próximos meses, as expectativas são otimistas. Neste mês, a previsão é de que haja um crescimento real de 5,6%. Já em setembro e em outubro, a entidade espera aumentos de 7,2% e de 8,7%, respectivamente, na comparação com os mesmos meses de 2012.

Os próximos meses devem também trazer uma recuperação mais expressiva para o varejo de bens não duráveis. A expectativa é que as vendas de segmentos como o de alimentos deve ter alta de 2,1% em agosto, e acréscimos mais contundentes de 5,4%, em setembro, e de 8,6%, em outubro.

Crescimento
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima crescimento de 3,8% para o setor em 2013, que deverá ser o pior dos últimos dez anos, disse o economista da instituição Fábio Bentes. Para ele, as datas comemorativas têm sido um bom termômetro das vendas do setor nas comparações com o ano passado. “Os resultados têm sido sempre menores. No Natal do ano passado, o crescimento ficou em 8,1% e este ano vai ficar entre 4% e 5%. Não há como fugir muito disso não”, analisou. Segundo ele, se o real continuar se desvalorizando, a tendência é que o patamar de previsão de crescimento seja revisto para baixo.

Confiança
A confiança do comércio evoluiu favoravelmente em agosto, ao registrar variação interanual trimestral de -2,8%, contra -3,4% no trimestre terminado em julho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. Considerando-se comparações interanuais mensais, a evolução teria sido ainda mais favorável, ao passar de uma variação de -3,9% para -1,0%, respectivamente, entre os dois meses.

A principal contribuição para o resultado de agosto veio do indicador que mede o grau de satisfação em relação ao momento atual, que havia caído fortemente em julho, sob influência das manifestações populares. A recuperação deste indicador sugere o retorno do setor a um ritmo de atividade moderado no terceiro trimestre de 2013.

Fontes: DCI e Brasil Econômico